Aspectos morfoestruturais e fatores erosivos em Falésias. O caso de Pipa – RN
DOI:
https://doi.org/10.20502/rbg.v23i4.2141Palavras-chave:
falésia, erosão, fratura, colapso, risco.Resumo
No nordeste brasileiro, as falésias ocorrem nas rochas da Formação Barreiras, que são compostas por sedimentos parcialmente consolidados. No estado do Rio Grande do Norte, a praia de Pipa, com suas falésias, constituem seu principal atrativo turístico, recebendo diariamente centenas a milhares de pessoas. O intenso trânsito de banhistas na base das escarpas instáveis, pela ação consorciada de processos de escoamento hidráulico interno e ação das ondas na base criam colapsos constantes, criando uma situação de risco elevado. Nessa nota técnica, foram avaliadas as condições estruturais da falésia, com foco nas características das camadas aflorantes, nos planos de fratura, na largura da berma e nos processos de intemperismo e erosão associados a abrasão marinha. Para tanto, foram realizados trabalhos de campo com levantamentos aerofotogramétricos de alta resolução, descrição de perfis da escarpa e mapeamento de sets de fraturas. Foi observado que planos de fraturas verticais, limitados as camadas (Stractabounds), aumentaram a permeabilidade da rocha o que levou ao lixiviamento e ao desprendimento dos blocos. Associado a isso, o impacto direto das ondas na base da falésia na maré alta, abriu uma reentrância erosiva que removeu o sustentáculo dos blocos sotopostos, levando ao colapso.
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