RELEVOS GRANÍTICOS DO NORDESTE BRASILEIRO
DOI:
https://doi.org/10.20502/rbg.v19i2.1295Palavras-chave:
Relevo saprolítico, intemperismo, tafoni, bacias de dissolução, canelurasResumo
A exumação de plutons sin, tardi e pós orogênicos tem revelado um diversificado mostruário de formas graníticas no extremo nordeste do Brasil. São maciços, lajedos e campos de inselbergues que em conjunto, caracterizam as extensas superfícies erosivas denominadas depressões sertanejas. Sobre essas superfícies, emergem os relevos graníticos como altos do embasamento. Nesses, um conjunto de feições erosionais formam padrões de relevo associados à meteorização diferencial pela pré-disposição mineralógica, petrográfica ou ao fraturamento. São bacias de dissolução, tafoni (tafone no singular), caneluras e blocos saprolitizados em diferentes graus de desenvolvimento. Nesse trabalho, foram analisados diferentes exemplos das principais feições de relevo granítico nos estados do Ceará e Paraíba. Foi verificado que muitas das feições que caracterizam a morfologia dos lajedos e inselbergues estão associadas à dissolução ao longo de superfícies de descontinuidades em paleoambiente epigênico. Nesse ínterim, constatou-se que a morfologia granítica, em muitos aspectos associados aos lajedos e bolas de granito, fora condicionada sobretudo por eventos de esfoliação pré, sin e pós exumação e que as feições de dissolução estão em muitos casos, geneticamente associadas a enclaves máficos, tendo esses, seu principal ponto de partida.
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