DINÂMICA DE RAMPA DE COLÚVIO NA SUPERFÍCIE DE PALMAS/ÁGUA DOCE DURANTE O QUATERNÁRIO TARDIO – BASES PARA COMPREENDER A EVOLUÇÃO DAS ENCOSTAS NO PLANALTO DAS ARAUCÁRIAS

Autores/as

  • Julio Cesar Paisani Universidade Estadual do Oeste do Paraná
  • Sani Daniela Lopes Paisani Universidade Estadual do Oeste do Paraná
  • Margarita Luisa Osterrieth Universidad Nacional de Mar del Plata
  • Marga Eliz Pontelli Universidade Estadual do Oeste do Paraná
  • Rafaela Harumi Fujita Universidade Estadual do Oeste do Paraná

DOI:

https://doi.org/10.20502/rbg.v18i4.1247

Palabras clave:

encosta, paleofundo de vale, fitólito, isótopo do carbono.

Resumen

O termo rampa de colúvio consiste em unidade de relevo suavemente inclinada em direção ao fundo dos vales mantida por colúvios, por vezes recobrindo terraços aluviais e reentrâncias (hollows) ou depressões em anfiteatro. O presente trabalho visou determinar a dinâmica de rampa de colúvio da superfície de Palmas/Água Doce, ao longo do Quaternário Tardio, bem como tecer considerações a respeito do ambiente de encostas em superfícies de cimeira do Planalto das Araucárias, sul do Brasil. Aplicou-se a análise pedoestratigráfica em duas seções representativas dos materiais da rampa de colúvio, bem como a geocronologia (métodos 14C e LOE), análise isotópica do carbono e fitolítica. A rampa de colúvio relevou registro pedoestratigráfico caracterizado por camadas delgadas de colúvios (horizontes Cb), por vezes pedogenizadas (horizontes Ab, ACb, CAb, Bb e BCb), com importantes lacunas e truncamentos de níveis pedológicos superficiais (paleohorizontes A). Vales de drenagem de baixa ordem vizinhos às encostas sofreram colmatação durante sucessivas fases de sedimentação. A morfogênese foi contínua no setor analisado do Último Interglacial (Estágio Isotópico Marinho 3 – EIM 3) ao Holoceno (EIM 1). Os sinais isotópicos e fitolíticos sugerem que a estabilidade ambiental favorecendo a pedogênese no Último Interestadial (EIM 3) foi em detrimento de regime climático úmido e relativamente frio. Já a morfogênese registrada no Último Máximo Glacial (EIM 2) decorreu de regime climático relativamente frio e seco, pontuada por fase de flutuação para mais úmido. Enfim, para o Holoceno (EIM 1) o clima mostrou-se no geral mais quente e seco. Do ponto de vista regional, os resultados indicam que: a) as rampas de colúvio são unidades geomórficas de trânsito de sedimentos entre colinas e fundo de vale de baixa ordem nas superfícies de cimeira do Planalto das Araucárias; b) seus registros estratigráficos são delgados em face a recorrentes lacunas (descontinuidades); c) a intensa dinâmica erosiva nas rampas inibe o acúmulo de sedimentos, por outro lado possibilita a colmatação de fundos de vales de baixa ordem vizinhos, até completa homogeneização topográfica lateral; d) nesses fundos de vales estão os principais registros estratigráficos que documentam fases de pedogênese e morfogênese tanto no ambiente de encosta quanto no ambiente fluvial de baixa ordem vinculado a rampa; e) paleohorizontes A húmicos enterrados (Ab), vinculados a fase de pedogênese do Último Máximo Glacial, podem estar preservados em ambos os ambientes.

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Biografía del autor/a

Sani Daniela Lopes Paisani, Universidade Estadual do Oeste do Paraná

Bióloga pela UNIPAR/Fco Beltrão e Mestre em Geografia pela UNIOESTE/Fco Beltrão

Publicado

2017-10-01

Cómo citar

Paisani, J. C., Paisani, S. D. L., Osterrieth, M. L., Pontelli, M. E., & Fujita, R. H. (2017). DINÂMICA DE RAMPA DE COLÚVIO NA SUPERFÍCIE DE PALMAS/ÁGUA DOCE DURANTE O QUATERNÁRIO TARDIO – BASES PARA COMPREENDER A EVOLUÇÃO DAS ENCOSTAS NO PLANALTO DAS ARAUCÁRIAS. Revista Brasileira De Geomorfologia, 18(4). https://doi.org/10.20502/rbg.v18i4.1247

Número

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