MUDANÇAS PALEO-HIDROLÓGICAS NA PLANÍCIE DO RIO PARAGUAI, QUATERNÁRIO DO PANTANAL

Autores

  • Hudson de Azevedo Macedo Universidade Estadual Paulista - UNESP Rio Claro. Laboratório de Estudo do Quaternário - LEQ
  • Mario Luis Assine Universidade Estadual Paulista - UNESP Rio Claro. Departamento de Geologia Aplicada - DGA
  • Fabiano do Nascimento Pupim Universidade Estadual Paulista - UNESP Rio Claro. Laboratório de Estudo do Quaternário - LEQ
  • Eder Renato Merino Universidade Estadual Paulista - UNESP Rio Claro. Laboratório de Estudo do Quaternário - LEQ
  • José Cândido Stevaux Universidade Estadual Paulista - UNESP Rio Claro. Instituto de Geociência e Ciências Exatas - IGCE
  • Aguinaldo Silva Universidade Federal de Mato Grosso do Sul - UFMS. Departamento de Ciências do Ambiente - DAM, Campus do Pantanal - CPAN

DOI:

https://doi.org/10.20502/rbg.v15i1.431

Palavras-chave:

Pantanal Mato-Grossense, geomorfologia fluvial, mudanças paleoambientais

Resumo

O Paraguai é o rio-tronco do trato de sistemas deposicionais do Pantanal. Com base em dados de sensores remotos e verificação de campo, foi realizado mapeamento geomorfológico da planície do rio Paraguai no trecho entre as confluências dos rios Cuiabá e Miranda, onde foram reconhecidas formas deposicionais atuais e antigas. A análise das associações de formas permitiu estabelecer proposta de evolução geomorfológica para a área, mas os eventos carecem ainda de datação precisa por métodos geocronológicos. Uma rede de drenagem abandonada multicanais está parcialmente preservada na planície, sendo composta por formas de canais com diques marginais que evidenciam período de menor descarga fluvial, provavelmente do Pleistoceno tardio ao Holoceno inferior. Um sistema constituído por paleocinturões de meandros trunca a paleorrede de drenagem multicanais, registrando aumento na umidade e na descarga fluvial. Sob essas condições o rio Paraguai construiu um sistema composto por cinturões de meandros com direção aproximada norte-sul no Holoceno inferior/médio. Agradação dos cinturões favoreceu importante evento de avulsão, com a mudança do curso do rio Paraguai para o cinturão de meandros atual no Holoceno superior. As gerações de formas identificadas e mapeadas resultaram num padrão de sobreposição de diferentes estilos fluviais, que registram significativas mudanças hidrológicas na planície desde o Pleistoceno tardio.

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Biografia do Autor

Hudson de Azevedo Macedo, Universidade Estadual Paulista - UNESP Rio Claro. Laboratório de Estudo do Quaternário - LEQ

Graduação em geografia pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul-Corumbá; Mestrado em Geociências pela Universidade Estadual Paulista-Rio Claro

Mario Luis Assine, Universidade Estadual Paulista - UNESP Rio Claro. Departamento de Geologia Aplicada - DGA

graduou-se em Geologia pela Universidade Estadual Paulista (Unesp) em 1979. Atuou como geólogo na Petrobrás (1980-1981), no IPT (1982-1985) e na Construtora Andrade Gutierrez (1985-1986). De 1987 a 1997 exerceu o cargo de professor do Departamento de Geologia da Universidade Federal do Paraná (UFPR). Obteve título de Mestre em Geologia Regional pela Universidade Estadual Paulista (Unesp) em 1990 e de Doutor em Geociências (Geologia Sedimentar) pela Universidade de São Paulo (USP) em 1996. Desde 1997 é docente do Instituto de Geociências e Ciências Exatas da Universidade Estadual Paulista (Unesp), instituição na qual exerce a função de professor adjunto desde 2003, quando obteve o título de Professor Livre-Docente em Estratigrafia e Sedimentação. Integra os corpos consultivos de periódicos nacionais na área das Geociências, tais como a Revista Brasileira de Geociências, a Revista Brasileira de Geomorfologia e o Boletim Paranaense de Geociências. Atua, desde 1999, como orientador em programas de pós-graduação em geociências, sendo atualmente lider do grupo de pesquisa "Geologia Aplicada a Recursos Hídricos e Energéticos". Destaca-se, dentre suas atuais linhas de pesquisa, a análise de bacias sedimentares (Araripe, Paraná, Campos e Santos) e o estudo da geologia do Quaternário (Pantanal Mato-Grossense, litoral sul-sudeste do Brasil)

Fabiano do Nascimento Pupim, Universidade Estadual Paulista - UNESP Rio Claro. Laboratório de Estudo do Quaternário - LEQ

Bacharel e licenciado em Geografia (UNESP - Rio Claro/SP). Mestre em Geociências e Meio Ambiente (UNESP). Atualmente cursa o doutorado em Geociências e Meio Ambiente (UNESP), é membro do grupo de pesquisa Sistemas Fluviais e Meio Ambiente (CNPQ) e do Lab. de Estudos do Quaternário (UNESP). Atuou como professor substituto do Depto. de Química e Ciências Ambientais (UNESP - S.J. do Rio Preto/SP), nos anos de 2009 e 2010. Temas de interesse: Pantanal Mato-grossense, geomorfologia, sensoriamento remoto, SIG e planejamento do meio físico.

Eder Renato Merino, Universidade Estadual Paulista - UNESP Rio Claro. Laboratório de Estudo do Quaternário - LEQ

Possui graduação em Geografia pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (2008) Bacharel e Licenciatura. Tem experiência na área de Geociências, com ênfase em Geoprocessamento e Sensoriamento Remoto. Mestre em Geociências e Meio Ambiente (2011) pelo Programa de Pós Graduação de Geociências e Meio Ambiente na Unesp, Campus de Rio Claro. Atualmente Doutorando pelo Programa de Pós Graduação de Geociências e Meio Ambiente, na sub-área de Mudanças Ambietais (Regionais e Globais), na Unesp, Campus de Rio Claro.

José Cândido Stevaux, Universidade Estadual Paulista - UNESP Rio Claro. Instituto de Geociência e Ciências Exatas - IGCE

Graduação em Geologia pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (1976), mestrado (1986) e doutorado (1994) em Geociências pela Universidade de São Paulo (1986), pós-doutorado no CECO/ Universidade Federal do RS (1998), Krasnoyarsk State University, Rússia (1998) e na Universidad Nacioanla de La Plata, Argentina (2007-2008).Credenciado no curso de pós-graduação em Geografia da Faculte de Geographie, Histoire, Histoire de LArt, Turisme - Universitè Lumiere Lyon 2, França (2005-2008). Atualmente é professor associado da Universidade Estadual de Maringá e professor credenciado nos programas de pós-graduação em Ecologia de Ambienes Aquáticos Continentais - UEM e em Geiciêncas e Meio Ambiente da UNESP, Rio Claro. Tem experiência na área de Geociências, com ênfase em Geomorfologia, atuando principalmente nos seguintes temas: geomorfologia, hidrologia e sedimentologia fluvial, Geologia do Quaternário, Geologia Ambiental. Coordena o IGCP 582 "Tropical rivers: hydro-physical processes, impacts, hazards and management". Em 2007 seu artigo "Tropical Rivers" em co-autoria com Latrubesse & Sinha publicado em Geomorphology 2005, 70(3-4):187 - 206, foi classificado pelo Science Direct "TOP25 Hotest Articles" entre os 25 artigos mais consultados daquele periódico. Foto: Expedição no rio Mekong, Rep. Popular do Laos, 2000.

Aguinaldo Silva, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul - UFMS. Departamento de Ciências do Ambiente - DAM, Campus do Pantanal - CPAN

Graduado em Geografia pela Universidade do Estado de Mato Grosso (2002) mestre em Geografia (Analise Ambiental e Regional) pela Universidade Estadual de Maringá (2006), doutor em Geociências e Meio Ambiente pela Universidade Estadual Paulista - Rio Claro (2010). Professor adjunto do curso de Geografia - UFMS/CPAN e dos programas de pós-graduação (mestrado) em Estudos Fronteiriços/UFMS-CPAN e de Geografia - Câmpus de Três Lagoas . Membro do corpo editorial das revistas Geográfica Acadêmica e Geopantanal (UFMS-CPAN) . Atualmente desenvolve pesquisa no Pantanal Mato-Grossense. Tem experiência na área de Geociências, atuando principalmente nos seguintes temas: Geografia Fisica, Geomorfologia Fluvial, , Mudanças Ambientais. Foto: Trabalho de campo no rio Paraguai - Cáceres-MT.

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Publicado

24-04-2014

Como Citar

Macedo, H. de A., Assine, M. L., Pupim, F. do N., Merino, E. R., Stevaux, J. C., & Silva, A. (2014). MUDANÇAS PALEO-HIDROLÓGICAS NA PLANÍCIE DO RIO PARAGUAI, QUATERNÁRIO DO PANTANAL. Revista Brasileira De Geomorfologia, 15(1). https://doi.org/10.20502/rbg.v15i1.431

Edição

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