ESTUDO DA EVOLUÇÃO DA ESCARPA ENTRE AS BACIAS DO DOCE/PARANÁ EM MINAS GERAIS ATRAVÉS DA QUANTIFICAÇÃO DAS TAXAS DE DESNUDAÇÃO
DOI:
https://doi.org/10.20502/rbg.v13i2.280Palavras-chave:
Recuo de Escarpamento, Evolução do Relevo, Isótopo Cosmogênico 10Be, captura fluvialResumo
Escarpamentos na forma de degraus do relevo e que limitam duas diferentes bacias hidrográficas são comuns no leste de Minas Gerais. O presente trabalho investigou a evolução do que delimita as bacias hidrográficas do rio Doce (porção leste e inferior da escarpa) com a bacia hidrográfica do rio Paraná (porção oeste e superior da escarpa) via mensuração das taxas quaternárias de desnudação através do isótopo cosmogênico 10Be. Os resultados obtidos demonstram que as taxas de desnudação mensuradas possuem íntima relação com a compartimentação do relevo, sendo baixas no planalto superior (bacia hidrográfica do rio Paraná), médias na porção deste planalto superior que foi capturado para a bacia hidrográfica do rio Doce e altas na escarpa. Permitem ainda compreender que o relevo regional evoluí através de um duplo front de regressão: o primeiro se caracteriza pelo recuo da escarpa e o segundo, localizado mais a oeste, pelas capturas fluviais. Neste contexto, comprova-se a retração do escarpamento para oeste, fato que faz com que a bacia hidrográfica do rio Doce ganhe área em detrimento da bacia hidrográfica do rio Paraná.
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