Rearranjos de drenagem na porção setentrional da Bacia Amazônica

Autores

DOI:

https://doi.org/10.20502/rbg.v22i3.2016

Palavras-chave:

Rio Branco, Pirataria Fluvial, Rio Essequibo

Resumo

A Bacia Hidrográfica do rio Amazonas é a de maior área e volume de água do planeta. Sua elevada dimensão originalmente foi interpretada como resultado do clima e da configuração geológica da América do Sul. Entretanto, nos últimos anos uma série de estudostem apresentado evidências de que amplos processos de rearranjo de drenagem estariam ocorrendo na região e que estes favoreceram a expansão da Bacia Amazônica. Entre esses amplos processos destacam-se estudos que afirmam que a alta bacia hidrográfica do rio Branco fluía em direção ao rio Essequibo e teria sido capturada pela Bacia Amazônica. Entretanto, os estudos que afirmam isso não apresentam evidências morfológicas para esse rearranjo de drenagem. Neste contexto, através de sensoriamento remoto, geoprocessamento, análises cartográficas e trabalhos de campo, o presente trabalho avaliou as evidências morfológicas que poderiam comprovar processos de rearranjo de drenagem na alta bacia hidrográfica do rio Branco na Amazônia Setentrional. Os resultados permitiram identificar uma série de evidências geomorfológicas integradas entre si e indicativas de processos de pirataria fluvial, com destaque para cotovelos de drenagem,baixos divisores e paleocanais fluviais. Sendo assim, confirmam que no passado os rios Uraricoera e Tacutu –formadores do rio Branco –integravam a Bacia Hidrográfica do rio Essequibo que desagua no Caribe. Porém, graças à erosão regressiva das paleo-cabeceiras do rio Branco foram interceptados e integrados à Bacia Amazônica.

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Biografia do Autor

André Augusto Rodrigues Salgado, Universidade Federal de Minas Gerais

Bacharel em Geografia pela UFMG; Mestre em Geografia e Análise Ambiental pela UFMG; Doutor Em Evolução Crustal e Recursos Naturais/Geologia Ambiental pela UFOP; Doutor em Geociências pela Université d´Aix-Marseille III França; Pós-doutor em Geociências pelo CEREGE- França. Professor Associado do Departamento de Geografia da UFMG.

Breno Ribeiro Marent

Graduado, Mestre e Doutor em Geografia pela Universidade Federal de Minas Gerais

Franzmiller Almeida Nascimento, Universidade Federal de Roraima

Graduado e Mestre em Geografia pela Universidade Federal de Roraima. Doutor em Geografia pela Universidade Federal de Minas Gerais. Professor Adjunto do Curso Educação do Campo da Universidade Federal de Roraima.

António Alberto Teixeira Gomes, Universidade do Porto

Professor Adjunto do Departamento de Geografia da Universidade do Porto em Portugal

Stelio Soares Tavares Júnior, Universidade Federal de Roraima

Bacharel em Geologia pela Universidade Federal do Pará (1988), mestre em Geologia e Geoquímica pela Universidade Federal do Pará (1992) e doutor em Sensoriamento Remoto pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (2004). Atualmente é professor associado IV da Universidade Federal de Roraima. Tem experiência na área de Geociências, com ênfase em Sensoriamento Remoto, atuando principalmente nos seguintes temas: Fotointerpretação Geológica de imagens na área de Tectônica e Geomorfologia, organização espacial com uso de SIGs.

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Publicado

28-06-2021

Como Citar

Salgado, A. A. R., Marent, B. R., Nascimento, F. A., Gomes, A. A. T., & Tavares Júnior, S. S. (2021). Rearranjos de drenagem na porção setentrional da Bacia Amazônica. Revista Brasileira De Geomorfologia, 22(3). https://doi.org/10.20502/rbg.v22i3.2016

Edição

Seção

Artigos

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