Sequências deposicionais fluviais e evolução geomorfológica da bacia do Rio Paraúna - Serra do Espinhaço Meridional, Sudeste do Brasil
DOI:
https://doi.org/10.20502/rbg.v22i4.1878Palavras-chave:
Geomorfologia fluvial, Níveis deposicionais, Terraços fluviais, Quaternário continental.Resumo
A identificação de registros de mudanças na dinâmica hidrossedimentar ao longo do tempo permite verificar possíveis alterações da estabilidade de sistemas fluviais e discutir suas implicações na evolução geomorfológica. Este artigo discute a contribuição dos processos fluviais na configuração geomorfológica da bacia do rio Paraúna, ao longo do Pleistoceno Superior/Holoceno. Realizaram-se as seguintes etapas metodológicas: reunião de informações da área estudada; a identificação, mapeamento e caracterização de níveis e sequências deposicionais fluviais; e a datação de sedimentos fluviais pela Luminescência Opticamente Estimulada (LOE). Baseando-se na topografia e na resistência litológica, pode-se identificar dois compartimentos geomorfológicos: Superfícies Elevadas (SE) e Depressão de Gouveia (DG). A dinâmica fluvial é condicionada pelo nível de base regional (rio Paraúna) na DG e pelos níveis de base locais controlados por quartzitos (Supergrupo Espinhaço) nas SE. Frequentemente, as médias/altas vertentes possuem níveis de seixos escalonados e os fundos de vale colmatados possuem níveis arenosos embutidos e/ou encaixados. Na DG, a estabilização do nível de base condicionou a configuração dos fundos de vale, favorecendo a redução da incisão fluvial, o encouraçamento das calhas e a regularização dos perfis longitudinais. Nas SE, a litologia e aspectos locais das bacias e dos canais explicam a diversidade de configurações de vales.
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