ANÁLISE GEOAMBIENTAL DA BACIA DO GUARAPIRANGA, REGIÃO METROPOLITANA DE SÃO PAULO, PARA UMA AVALIAÇÃO DA PRODUÇÃO DE SEDIMENTOS E ASSOREAMENTO DO RESERVATÓRIO CORRESPONDENTEPAULO: PRODUÇÃO DE SEDIMENTOS E ASSOREAMENTO DO RESERVATÓRIO
DOI:
https://doi.org/10.20502/rbg.v16i1.605Palavras-chave:
Guarapiranga, produção de sedimentos, assoreamento.Resumo
A atual crise da água, resultante da perda qualitativa e quantitativa dos mananciais e do aumento das necessidades de suprimento, caracteriza o reservatório Guarapiranga, o segundo maior manancial do sistema de abastecimento da Região Metropolitana de São Paulo – RMSP, como um dos exemplos mais críticos. O problema da degradação da água armazenada nesse reservatório é gerado, sobretudo, pela contaminação por esgoto, mas também é provocado pela perda de volume, devida ao assoreamento. Este processo, considerado um efeito do desequilíbrio ambiental na bacia, devido à ocupação, é o objeto deste trabalho que aborda a análise do potencial de produção de sedimentos da bacia contribuinte. Neste sentido, foi realizada uma análise comparativa do comportamento das sub-bacias quanto à erosão, à transferência e produção de sedimentos, que revelou que as sub-bacias de grande porte constituem as principais fontes de sedimentos do reservatório. Entretanto, suas configurações geomorfológicas de atenuação do relevo, das cabeceiras para o reservatório, com a formação de extensas planícies aluvionares até as desembocaduras, favorecem a retenção dos sedimentos, sobretudo os mais grosseiros, permitindo que apenas sedimentos em suspensão possam contribuir para assorear o fundo do reservatório. Dentre estas sub-bacias destaca-se a do Embu Mirim. Por outro lado, embora com taxas de produção menores, as sub-bacias de menor porte, junto ao reservatório, quando ocupadas por áreas urbanas, como a do Guavirutuba, produzem localmente deltas que avançam no reservatório. Este quadro sugere um assoreamento de fundo generalizado, com camadas de sedimentos finos, acrescido de deltas de sedimentos mais grossos nas desembocaduras das pequenas sub-bacias ocupadas, junto ao reservatório. Conclui-se que as áreas próximas ao reservatório são as áreas geoambientalmente mais sensíveis à ocupação do solo com respeito ao assoreamento e devem ser objeto prioritário de cuidado do poder público.
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