EVOLUÇÃO GEOMORFOLÓGICA E CONDICIONANTES MORFOESTRUTURAIS DO CÂNION DO RIO POTI – NORDESTE DO BRASIL
DOI:
https://doi.org/10.20502/rbg.v15i3.504Palavras-chave:
Morfoestrutura, Glint da Ibiapaba, Cânion do rio Poti.Resumo
O Rio Poti nasce na região centro-oeste do Estado do Ceará e escoa em direção a oeste. No seu médio curso, ele disseca o segmento leste do Estado do Piauí, fazendo um corte transversal na Serra da Ibiapaba, feição de relevo importante que estabelece a divisa entre o Ceará e o Piauí. Os cânions representam grande feição geomorfológica, que demonstram a força de dissecação e a capacidade erosiva dos rios. O intuito do presente trabalho é analisar esse tipo de contexto geomorfológico em relação ao Cânion do rio Poti, fazendo considerações sobre seus condicionantes morfoestruturais. Para tanto, as atividades para a realização do trabalho foram divididas em quatro etapas: análise de material bibliográfico, cartográfico e imagens de satélites; produção de mapas para auxílio no campo; trabalhos de campo para a comprovação dos dados e a correção e adequação do material cartográfico produzido para o contexto da pesquisa. Podemos constatar que a influência estrutural no rio Poti deriva principalmente dos eventos que vieram a ocorrer ao final do Mesozoico, quando as forças que preparavam a ruptura entre a América do Sul e África reorganizaram o contexto geomorfológico regional, exercendo grande influência na configuração do modelado atual. O controle exercido pelo Lineamento Transbrasiliano e Lineamento Picos-Santa Inês e a Zona de Cisalhamento de Tauá são elementos importantes na interpretação morfológica regional. Além dessas considerações, a importância desta pesquisa deriva do fato de que a área conta com poucos estudos específicos, sendo praticamente desconhecido da comunidade científica.
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