ANÁLISE MORFOMÉTRICA DA BACIA DO RIO PARDO (MG E SP)
DOI:
https://doi.org/10.20502/rbg.v15i3.472Palavras-chave:
Rio Pardo, anomalias de drenagem, neotectônicaResumo
Os estudos neotectônicos têm sido utilizados no Brasil com o objetivo de entender como os movimentos da crosta terrestre desde o Paleoceno foram capazes de formar as feições geomorfológicas atuais. Desde então, uma série de estudos vem sendo realizado, geralmente em escala regional, com o intuito de gerar informações para sistematizar tais dados. Este trabalho utilizou-se da geomorfologia fluvial para investigar os parâmetros morfométricos que pudessem indicar a existência ou não de mudanças ambientais em virtude de movimentos neotectônicos na bacia do rio Pardo. O objetivo foi o de contribuir com uma análise regional relativamente rápida e eficiente, através de feições anômalas identificadas na bacia que pudessem ser indicativas de alguma interferência neotectônica, utilizando para isso parâmetros como: densidade de drenagem, índice SL (Stream Gradient Index), perfis longitudinais do rio principal e de 11 dos maiores tributários. O conjunto de técnicas utilizadas foi adequado para identificar anomalias de drenagem na bacia, sendo possível inclusive classificá-las como de origem distintas. Tais anomalias estão relacionadas a dois momentos distintos: movimentos antigos do fim do ciclo brasiliano, relacionados a falhas e zonas de cisalhamento compressivo nas províncias tectônicas Tocantins e Mantiqueira, ao sul do cráton de São Francisco; movimentos tectônicos mais recentes, relacionados a um conjunto de falhas normais oriundas da abertura do Atlântico e reativação da placa Sul Americana. Não foram encontradas evidências de movimentações tectônicas quaternárias, ou tais movimentos foram pouco expressivos e não produziram evidências suficientes.
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