LATERITAS: UM CONCEITO AINDA EM CONSTRUÇÃO

Autores

  • Cristina Rocha Augustin Universidade Federal de Minas Gerais Instituto de Geociências Departamento de Geografia
  • Marcel Rocha Soares Lopes Universidade Federal do Rio de Janeiro
  • Saul Moreira Silva Universidade Federal de Uberlândia

DOI:

https://doi.org/10.20502/rbg.v14i3.202

Palavras-chave:

Laterita, processos, modelos, evolução de conceitos, problemas de definição

Resumo

O artigo apresenta os principais aspectos da evolução da base conceitual do termo laterita, considerada como formações superficiais normalmente ricas em Fe e Al, e com a presença de outros elementos como Ti, Cr e Mn. As controvérsias em torno da aplicação do termo aos diversos materiais com concentração secundária de ferro não é recente, mas continua viva em trabalhos publicados nos últimos anos, apesar dos esforços no sentido de consolidação de um corpo de conhecimento que pudesse levar a uma designação consensual do que são esses materiais. Este artigo se propõe a apresentar e discutir essas diferentes interpretações e evidências apresentadas na literatura, como maneira de propiciar ao leitor uma visão, dentro do possível atualizada, sobre as principais divergências no emprego do termo. Discutimos as diversas interpretações encontradas na literatura, ligadas às diferentes maneiras de como os pesquisadores interpretam sua gênese, características estruturais e forma de ocorrência. A abordagem justifica-se tendo em vista o interesse que as lateritas vêm suscitando nas últimas décadas nas diversas áreas da ciência da terra, nas áreas das engenharias e da química, na busca pela compreensão dos fatores e processos envolvidos na sua gênese e distribuição espacial. Esse interesse está ligado não somente ao entendimento do seu papel na elaboração do modelado do relevo, mas principalmente devido à importância econômica para a mineração e para a construção civil. Sugerimos, após ampla análise, a utilização do termo de modo mais amplo, partindo da idéia de que as formações lateríticas são tanto resultantes da acumulação relativa do Fe2O3 e/ou Al2O3, como também da acumulação absoluta por aporte de óxidos de Fe2O3 e/ou Al2O3 de lateritas primárias e secundárias. Contudo, sugerimos que os autores indiquem qual conceito de laterita estão utilizando no texto de suas publicações.

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Biografia do Autor

Cristina Rocha Augustin, Universidade Federal de Minas Gerais Instituto de Geociências Departamento de Geografia

Professora Titular do Departamento de Geografia-IGC-UFMG, da área de Geomorfologia, com atuação na graduação e pós-graduação. Pesquisa em geomorfologia, com ênfase na geodinâmica superfícial e subsuperficial e nos estudos ambientais. Bacharel-licenciada em Geografia pela UFMG, MSc na Universidade de Sheffield, Reino Unido, doutorado na Universidade de Frankfurt, Alemanha, e pós-doutorado na Universidade de Berkeley, Califórnia, USA.

Marcel Rocha Soares Lopes, Universidade Federal do Rio de Janeiro

Doutorando em Geografia,  Programa de Pós-Graduação em Geografia - IGEO

Saul Moreira Silva, Universidade Federal de Uberlândia

Departamento de Geografia

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Publicado

21-03-2014

Como Citar

Augustin, C. R., Lopes, M. R. S., & Silva, S. M. (2014). LATERITAS: UM CONCEITO AINDA EM CONSTRUÇÃO. Revista Brasileira De Geomorfologia, 14(3). https://doi.org/10.20502/rbg.v14i3.202

Edição

Seção

Artigos