GEOCRONOLOGIA DE EVENTOS DEPOSICIONAIS ASSOCIADOS ÀS COBERTURAS SUPERFICIAIS QUE SUSTENTAM E RECOBREM NÍVEIS DE TERRAÇOS MARINHOS PLEISTOCÊNICOS E HOLOCÊNICOS NO LITORAL SUL DE SANTA CATARINA (SC)

Autores

  • Felipe Gomes Rubira Universidade Federal do Oeste da Bahia (UFOB)
  • Archimedes Perez Filho Prof. Dr. Titular do Departamento de Geografia, Instituto de Geociências, Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)

DOI:

https://doi.org/10.20502/rbg.v20i3.1339

Palavras-chave:

Movimentos Eustáticos, Terraços Marinhos, Pulsações Climáticas.

Resumo

Esta pesquisa objetiva identificar, espacializar e caracterizar morfologicamente níveis de terraços marinhos holocênicos e pleistocênicos dissecados pela dinâmica fluvial do baixo curso do rio Araranguá (SC), localizado no litoral sul do Estado de Santa Catarina. Simultaneamente objetiva correlacioná-los, mediante geocronologia das coberturas superficiais que os sustentam/recobrem, a episódios marinhos transgressivos e regressivos identificados pela literatura paleoclimática nacional e internacional. A metodologia baseou-se na elaboração de modelos digitais de elevação e perfis topográficos a partir de imagens de radar com resolução espacial de 30 metros; realização de trabalhos de campo, testes granulométricos e datações absolutas por Luminescência Opticamente Estimulada (LOE) em grãos de quartzo das coberturas superficiais, utilizando procedimentos indicados pelo protocolo SAR (Single Aliquot Regenerative-dose) em 15 alíquotas. Os resultados evidenciaram 4 níveis de terraços marinhos no litoral sul do Estado de Santa Catarina. Os terraços marinhos de nível I e II foram elaborados por episódios eustáticos pleistocênicos regressivos (MIS5d → NI e NII → >75.000 anos A.P.) que sucederam o máximo da Transgressão Cananeiense há 123.000 anos A.P. (MIS5e). Apresentam superfícies irregulares, bem dissecadas por processos erosivos, havendo afluentes do rio Araranguá, sistemas lagunares e atividades antrópicas. Os terraços marinhos de nível III (NIII  →  6.000 ± 820 / 5.000 ± 620 anos A.P.) e IV (NIV → 420 ± 65 / 165 ± 35 anos A.P) foram elaborados por episódios eustáticos holocênicos regressivos que sucederam o máximo da Transgressão Santista há 5.500 anos A.P. (MIS1), os quais apresentam-se mais conservados e menos alterados pelos processos morfoesculturais atuais.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Felipe Gomes Rubira, Universidade Federal do Oeste da Bahia (UFOB)

Bacharel e Licenciado Pleno em Geografia pela Universidade Estadual de Maringá (2010). Mestre em Geografia com ênfase em análise ambiental pela Universidade Estadual de Maringá (2014). Doutor em Geografia com ênfase em análise de processos genético-evolutivos pela Universidade Estadual de Campinas (2019) com períodos de estágios nas Universidades de Coimbra, Évora, Porto e Chile. Foi bolsista de mestrado CAPES e doutorado FAPESP. Atualmente é professor Assistente A da Universidade Federal do Oeste da Bahia (UFOB). Tem experiência na área de Geociências, com ênfase em Geomorfologia e Geotecnologias, atuando principalmente nos seguintes temas: Geomorfologia costeira e fluvial do Quaternário; evolução regional do relevo; geocronologia de coberturas superficiais fluviais, marinhas, coluviais e eólicas que compõem e recobrem superfícies geomorfológicas.

Downloads

Publicado

01-07-2019

Como Citar

Rubira, F. G., & Perez Filho, A. (2019). GEOCRONOLOGIA DE EVENTOS DEPOSICIONAIS ASSOCIADOS ÀS COBERTURAS SUPERFICIAIS QUE SUSTENTAM E RECOBREM NÍVEIS DE TERRAÇOS MARINHOS PLEISTOCÊNICOS E HOLOCÊNICOS NO LITORAL SUL DE SANTA CATARINA (SC). Revista Brasileira De Geomorfologia, 20(3). https://doi.org/10.20502/rbg.v20i3.1339

Edição

Seção

Artigos

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)

> >>