DINÂMICA VEGETAL E EVOLUÇÃO DA PAISAGEM NO CONTATO ENTRE CAMPINARANA E CAMPINA SOBRE ESPODOSSOLOS - BACIA DO RIO DEMINI-AM (BRASIL)

Autores

  • Felipe Silva Guimarães Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais
  • Guilherme Taitson Bueno Universidade Federal de Goiás. Programa de Pós Graduação em Geografia
  • Débora de Sena Oliveira Mendes Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais. Programa de Pós Graduação em Geografia – Tratamento da Informação Espacial.
  • Nádia Regina do Nascimento Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”. Departamento de Geografia.
  • Alisson Duarte Diniz Universidade Federal da Bahia. Instituto de Geociências
  • Jorge Batista de Souza Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais. Programa de Pós Graduação em Geografia – Tratamento da Informação Espacial.

DOI:

https://doi.org/10.20502/rbg.v19i3.1288

Palavras-chave:

Razão isotópica do carbono, evolução da paisagem, Amazônia

Resumo

As campinas e campinaranas são ecossistemas amazônicos de grande importância, sobretudo, na Bacia do Rio Negro, As campinaranas são fitofisionomias florestais onde predominam plantas de metabolismo C3. Já as campinas são fitofisionomias abertas caracterizadas pela abundância de plantas C4. Estes ecossistemas estão frequentemente associados aos Espodossolos, que possuem horizonte espódico pela migração do humos proveniente dos horizontes superficiais e posterior acúmulo em alguma região do perfil. Estudos têm mostrado que a dinâmica de retração e expansão entre campinas e campinaranas está relacionada a processos pedogenéticos e morfogenéticos. Os objetivos deste trabalho são verificar se na área de estudo tem ocorrido a expansão ou a contração das campinas sobre as campinaranas e propor um modelo para explicar esta dinâmica. Foi traçado um transecto da borda do baixo platô em direção a seu centro de modo a contemplar as principais fitofisionomias presentes na região. Ao longo deste transecto foram abertas trincheiras para descrição pedológica e coleta de amostras para realização de análises físico-químicas e de razão isotópica do carbono. Esta última foi procedida em amostras dos horizontes A e Bh. As interpretações feitas com base na literatura disponível sobre a evolução da paisagem da região, nos resultados das análises físicas e de razão isotópica do carbono sugerem que as campinaranas, que estão associadas aos Espodossolos, têm expandido em função da retração das campinas que se encontram sobre Gleissolos ou Organossolos. O processo motriz desta dinâmica está relacionado à incisão dos cursos d’água nos platôs culminando na drenagem e exaustão da fração argila destes últimos.

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Biografia do Autor

Felipe Silva Guimarães, Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais

Possui graduação em Ecologia (UNI-BH), especialização em Gestão ambiental e Geoprocessamento (UNI-BH) e mestrado em Geografia - Tratamento da Informação Espacial (PUC-MG). Trabalhou como analista ambiental e coordenador de projetos na empresa Oppus Acústica Ltda e como analista ambiental e preposto / supervisor de contrato pela empresa Carste Consultores Associados. Atualmente é professor nos cursos de pós-graduação Avaliação de impactos ambientais e recuperação de áreas degradadas e Meio ambiente e Geoprocessamento (UNI-BH). Também atua prestando consultorias na área de Geoprocessamento e mapeamentos com enfoque nas áreas ambiental e de Geomarketing, além de ministrar cursos particulares na área de Sistemas de Informações Geográficas (SIG). Tem experiência na área de Recursos Florestais, Pedologia, Geoprocessamento, poluição sonora e docência.

Guilherme Taitson Bueno, Universidade Federal de Goiás. Programa de Pós Graduação em Geografia

Possui graduação em Geografia pela Universidade Federal de Minas Gerais (1997), mestrado em Geografia pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (2001) e doutorado em co-tutela em Geografia pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP), Campus Rio Claro-SP e em Sciences de la Terre pelo Institut de Physique du Globe de Paris (2009). Atualmente é professor do Curso de Graduação em Geografia e do Programa de Pós-Graduação em Geografia da Universidade Federal de Goiás - UFG. Tem experiência na área de Geociências, com ênfase em Pedologia e Geomorfologia, atuando principalmente nos seguintes temas: paisagens naturais da Amazônia, sistemas latossolo/espodossolo, geoquímica e mineralogia de alteritas e solos, relações solo-relevo.

Débora de Sena Oliveira Mendes, Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais. Programa de Pós Graduação em Geografia – Tratamento da Informação Espacial.

Possui graduação em Ecologia pelo Centro Universitário de Belo Horizonte (2010). Possui mestrado em Geografia - Tratamento da Informação Espacial pela PUC MINAS (2014). Tem experiência na área de Ecologia, com ênfase em Ecologia, atuando principalmente nos seguintes temas: meio ambiente, pedologia, botânica, paisagem, ecologia de paisagem, ecologia florestal e interações planta-solo.

Nádia Regina do Nascimento, Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”. Departamento de Geografia.

Possui graduação em Geografia pela Universidade Federal de Minas Gerais (1978), mestrado em Geociências pela Universidade Federal da Bahia (1983) e doutorado em Geociências (Geoquímica e Geotectônica) pela Universidade de São Paulo (1993). Realizou pós-doutoramento no IMPMC/ Paris França (Institute de Minéralogie et de Physique des Milieux Condensés - Universidade de Paris VI Vicente Corruble) sendo acolhida na qualidade de Pesquisadora Associada nesta Instituição. É livre-docente pela UNESP (2012). Desde 2005 é professora na Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho. Coordena Convênio CAPES-COFECUB entre o Programa de Pós-Graduação em Geografia da UNESP e o IMPMC/ Universidade de Paris VI (2012- 2013/2014; 2014 - 2015) Tem experiência na área de Geociências, com ênfase em Pedogênese, atuando principalmente nos seguintes temas: erosão química de solos, relações entre a evolução dos solos e a evolução dos relevos, podzolização e lateritização, solos tropicais, bacia amazônica.

Alisson Duarte Diniz, Universidade Federal da Bahia. Instituto de Geociências

Possui graduação e mestrado em Geografia pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e doutorado em Geografia pela Universidade Estadual Paulista (UNESP). Durante um ano (2008-2009) realizou estágio de doutorado pelo convênio Capes-Cofecub em laboratórios franceses, especialmente no Instituto de Mineralogia e Física dos Meios Condensados (Universidade de Paris VI - Pierre et Marie Curie) e no Laboratório de Biologia do Solo e das Águas (LBSE) ? Université Paris XII, Val de Marne. É professor do departamento de Geografia do Instituto de Geociências da Universidade Federal da Bahia (UFBA). Tem experiência na área de Geociências, com ênfase em Pedologia, atuando nos seguintes temas: sistemas de alteração pedológica em ambientes tropicais úmidos, relação solos ? relevo, solos e paisagens

Jorge Batista de Souza, Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais. Programa de Pós Graduação em Geografia – Tratamento da Informação Espacial.

possui graduação em Geografia pela Universidade Federal de Minas Gerais, mestrado em Geografia e Análise Ambiental e especialização em Geoprocessamento pela Universidade Federal de Minas Gerais. Atualmente é professor da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais. Tem experiência na área de Geociências, atuando principalmente nos seguintes temas: Geoprocessamento, Geomorfologia, Mapeamento e Planejamento Ambiental.

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Publicado

01-07-2018

Como Citar

Guimarães, F. S., Bueno, G. T., Mendes, D. de S. O., do Nascimento, N. R., Diniz, A. D., & de Souza, J. B. (2018). DINÂMICA VEGETAL E EVOLUÇÃO DA PAISAGEM NO CONTATO ENTRE CAMPINARANA E CAMPINA SOBRE ESPODOSSOLOS - BACIA DO RIO DEMINI-AM (BRASIL). Revista Brasileira De Geomorfologia, 19(3). https://doi.org/10.20502/rbg.v19i3.1288

Edição

Seção

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