ASPECTOS MORFODINÂMICOS EM PRAIAS DE ENSEADA: ESTUDO DE CASO EM ARMAÇÃO DOS BÚZIOS, BRASIL

Autores

  • Eduardo Manuel Rosa Bulhoes Universidade Federal Fluminense
  • Guilherme Borges Fernandez Universidade Federal Fluminense

DOI:

https://doi.org/10.20502/rbg.v17i2.841

Palavras-chave:

Praias de Enseada, Morfodinâmica de Praias, Armação dos Búzios

Resumo

O segmento costeiro selecionado para o estudo sobre dinâmica de praias de enseada foi o cabo Búzios por se tratar de uma protuberância natural da linha de costa composta por praias de variados tamanhos e formas, orientadas e expostas às ondulações dos quadrantes nordeste ao sudoeste. A transformação das ondas em águas rasas expõe ou protege determinados segmentos das enseadas e esta exposição relativa e suas sucessões controlam os processos morfológicos, morfodinâmicos e morfossedimentares atuais, estando aí inclusos a distribuição e o transporte de sedimentos superficiais, as feições da praia e da antepraia e as respostas morfológicas dos perfis praiais frente a alternância de períodos de tempestade e tempo bom. O objetivo geral é diagnosticar os processos governantes da dinâmica costeira em praias de enseada. Os passos metodológicos adotados visaram: (a) determinar os principais padrões de circulação e transporte de sedimentos; (b) determinar as características morfodinâmicas; (c) entender à relação entre a exposição relativa das praias ao ataque das ondas; e (d) prognosticar os efeitos morfológicos que podem ser esperados nestes ambientes frente aos processos governantes. Os principais resultados indicam que as inconsistências verificadas entre o padrão de ondas e o registro de transporte de sedimentos podem ser atribuídas a uma condição de tri modalidade da circulação promovida por ondas, que são: (a) tempo bom com ventos soprando entre NNE (nor-nordeste) e ESE (leste-sudeste); (b) tempo bom com marulhos de sul ou de sudeste; (c) tempestade com ondas que variam entre su-sudeste (157°) até sudoeste (225°). As características morfodinâmicas dos perfis monitorados permitem classifica-los em ambientes de baixa energia e de alta energia que podem ser: (a) refletivos de baixa energia; (b) intermediários de baixa energia, sujeitos a eventos episódicos de tempestade; (c) dissipativos de baixa energia; e (d) intermediários de alta energia. As respostas destes ambientes quanto a um possível aumento na magnitude dos eventos extremos podem ser o desaparecimento sazonal dos ambientes intermediários de baixa energia e um recuo erosivo dos ambientes intermediários de alta energia. Estas respostas ocorrem em função direta do estoque de sedimentos. Por fim verificou-se que os limites ativos sobre a influência das ondas dentro das enseadas podem ser determinados entre 1 e 6m de profundidade em todas as áreas tidas como de baixa energia no cabo Búzios; já nas áreas sujeitas à alta energia de ondas este limite ocorre em profundidades superiores a 20m.

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Biografia do Autor

Eduardo Manuel Rosa Bulhoes, Universidade Federal Fluminense

Programa de Pós-Graduação em Geografia. Instituto de Ciências da Sociedade e Desenvolvimento Regional. Universidade Federal Fluminense.

Rua José do Patrocínio, 71. Centro, Campos dos Goytacazes. RJ.

CEP 28010-385

Guilherme Borges Fernandez, Universidade Federal Fluminense

Programa de Pós-Graduação em Geografia. Instituto de Geociências. Universidade Federal Fluminense.
Av. General Milton Tavares de Souza, s/n. Gragoatá, Niterói. RJ.
CEP 24210-346

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Publicado

30-06-2016

Como Citar

Bulhoes, E. M. R., & Fernandez, G. B. (2016). ASPECTOS MORFODINÂMICOS EM PRAIAS DE ENSEADA: ESTUDO DE CASO EM ARMAÇÃO DOS BÚZIOS, BRASIL. Revista Brasileira De Geomorfologia, 17(2). https://doi.org/10.20502/rbg.v17i2.841

Edição

Seção

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