PROCESSOS HIDRO-EROSIVOS EM SOLOS DEGRADADOS EM RELEVO DE BAIXA DECLIVIDADE
DOI:
https://doi.org/10.20502/rbg.v17i2.877Palavras-chave:
Erosão de solo, propriedades físico-químicas de solos, hidrologia de encostaResumo
Muitas pesquisas conferem maior peso na alta declividade do terreno como fator decisivo no processo hidro-erosivo. Porém, foi avaliado que baixas declividades (~4º) já são suficientes para se iniciar o escoamento superficial. A pesquisa teve como objetivo fazer uma caracterização físico-química de solo degradado, monitorar o seu potencial matricial e o processo de formação de escoamento em uma sub-bacia do rio Maranduba - Ubatuba/SP, em encosta com baixa declividade. O trabalho se baseou na instalação de parcelas de erosão em solo sem cobertura vegetal para analisar as perdas de solo e água, bem como as propriedades físicas e químicas do solo (Porosidade, textura, densidade, pH e matéria orgânica). As parcelas se localizam na parte intermediária de um morrote com encosta retilínea, esse sofreu alteração em sua morfologia original por meio de um corte de encosta (UTM: 0474211/7395934). O solo do local é um Latossolo que apresenta o horizonte B exposto. Cerca de 6,9 t/ha de solo foram perdidos durante o monitoramento (01 agosto 2013-20 dezembro 2014) e mais de 5.354,7 m3 de água foram escoados superficialmente. Salienta-se a fragilidade dos ambientes degradados de baixa declividade frente às altas taxas de perdas de solo e água, que, no período de 17 meses de monitoramento e com chuvas dentro da normalidade para o município, totalizaram 63 dias com ocorrências de escoamento, em solos que tendem à saturação por períodos prolongados. Portanto, o transporte das partículas de solo superficialmente está atrelado à baixa drenagem do terreno e à perda da resistência do solo, corroborando em períodos longos de umidade antecedente, sendo este um dos fatores decisivos para se iniciar o escoamento superficial.
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