FACIOLOGIA E EVOLUÇÃO DOS DEPÓSITOS EÓLICOS COSTEIROS DO OESTE DO CEARÁ (BRASIL) NO HOLOCENO TARDIO
DOI:
https://doi.org/10.20502/rbg.v17i4.832Palavras-chave:
Eolianitos, arenitos de praia, nível do marResumo
Este estudo teve como objetivo caracterizar a morfologia e a evolução dos depósitos costeiros do oeste do Ceará, reconstituindo a paleogeografia da área, em associação com o comportamento do nível médio do mar no Holoceno Tardio. Por meio da análise faciológica e petrográfica, foram identificados cinco fácies sedimentares e suas formas deposicionais originais: arenito grosso com níveis conglomeráticos e estratificação plano-paralela inclinada (face de praia); arenito médio com estratificação cruzada de baixo ângulo (dunas frontais), por vezes obliteradas por rizolitos (dunas frontais vegetadas); arenito médio com estratificação cruzada festonada (base de dunas barcanóides); arenito médio com estratificação cruzada e superfícies de truncamento em “Z” (extensões linear e associadas a dunas barcanóides). Os arenitos grossos correspondem a rochas de praia, sotopostas por eolianitos (fácies restantes) na forma de yardangs subparalelos à direção de vento efetivo atual (NE-SW). As feições-chave são: contato entre rochas de praia e eolianitos (paleolimite face de praia/pós-praia) cerca de 2 m acima do nível máximo da preamar atual; afloramentos de arenitos de praia no interior do continente, sucessão de cimentação marinha freática para vadosa nas rochas de praia e vales incisos em eolianitos/rochas de praia. Essas evidências indicam que os depósitos eólicos foram gerados durante uma ascensão relativa de nível médio do mar, quando houve maior disponibilidade de sedimentos para a alimentação dos campos de dunas, sendo cimentados e entalhados por cursos d’água durante o subsequente rebaixamento relativo.
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