INDICADORES MICROPEDOLÓGICOS DA EVOLUÇÃO DO RELEVO NO PLANALTO DO ESPINHAÇO MERIDIONAL, MG
DOI:
https://doi.org/10.20502/rbg.v16i2.661Palavras-chave:
Micropedologia, Superfícies Geomórficas, PedogeomorfologiaResumo
A evolução do relevo está associada às formações superficiais nas vertentes e vales, envolvendo os diferentes níveis de organização da cobertura pedológica. Nesse sentido, este estudo objetivou realizar a caracterização micropedológica de coberturas na borda oeste do Planalto do Espinhaço, buscando verificar a existência de indicadores que traduzam a evolução da paisagem em escala regional. A partir de uma compartimentação da área em três superfícies geomórficas (SG1, SG2 e SG3), foram selecionados quatro perfis derivados do mesmo material de origem. As descrições micromorfológicas foram feitas a partir da caracterização das microestruturas (agregados e porosidade associada), do fundo matricial e das feições pedológicas. A partir delas, foram selecionados indicadores capazes de traduzir o grau evolutivo das coberturas em cada superfície. Dentre os indicadores, destacam-se: i) a presença de microagregados granulares de origem termítica; ii) a mineralogia e distribuição (do topo à base e dentro ou fora dos agregados) dos grãos grossos; iii) a cor e mineralogia da micromassa, bem como as transformações ao longo do perfil das tramas birrefringentes e iv) a presença, distribuição, grau evolutivo e composição (mineral) de nódulos. A partir do que foi observado por tais indicadores, a SG1 é mais antiga, a SG2 possui coberturas mais recentes que a SG1, o que pode indicar uma exposição mais recente de tais rochas à alteração e pedogênese; e a SG3 sugere ser, em razão das características da cobertura, a superfície mais recente e mais sujeita à deposição de materiais. Em conjunto, tais observações refletem uma íntima associação entre o grau evolutivo dos compartimentos do relevo, das coberturas pedológicas neles contidas e dos atributos micropedológicos dessas coberturas.
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