DINÂMICA ANTRÓPICA NO CANAL FLUVIAL DO CÓRREGO TUCUM - SÃO PEDRO, SÃO PAULO (BRASIL)
DOI:
https://doi.org/10.20502/rbg.v16i4.642Palavras-chave:
Geomorfologia fluvial, Perfil longitudinal, LOE (Luminescência Opticamente Estimulada)Resumo
Transformações na morfologia da paisagem sempre foram constantes ao longo do tempo da natureza. Formas e processos, que até então se ajustavam naturalmente, passam a reconhecer no homem um novo agente reorganizador capaz de alterar o balanço de energia e matéria e, consequentemente, o equilíbrio dinâmico dos Geossistemas. O distúrbio das variáveis físicas e o consequente limiar de reajuste do sistema encontram nos canais fluviais elemento fundamental para o entendimento das relações do sistema antrópico com o sistema natural, repercutindo em suas formas as alterações advindas desta relação. Nesse sentido, o estudo proposto, com base na concepção sistêmica e na teoria do equilíbrio dinâmico, se justifica pela capacidade do homem potencializar os processos até então ditos naturais. Visou-se identificar e interpretar as transformações ocasionadas pela ação antrópica do canal fluvial do córrego Tucum, município de São Pedro – SP, por meio da interpretação de cartas topográficas (escala 1:10.000), fotografias aéreas (1962 e 2000, escalas aproximadas de 1:25.000 e 1:30.000, respectivamente), trabalhos de campo e utilização de técnicas de datação por LOE (Luminescência Opticamente Estimulada), a fim de estabelecer uma relação de mudança entre os dois momentos das imagens não orbitais, tanto entre a disposição do uso e ocupação da terra e sua influência na configuração do córrego nos últimos cinquenta anos, quanto as idades dos depósitos sedimentares presentes nas formas adjacentes ao canal fluvial estudado. Constatou-se que as modificações de uso da terra, especialmente o estabelecimento de 16% da área da bacia em montante para fixação residencial urbana e consequente ampliação das áreas de solo exposto, foram determinantes para modificações no córrego Tucum, assumindo padrão entrelaçado em grande parte de seu curso. Além disso, as datações absolutas e sua distribuição espacial reportam ritmo diferenciado de elaboração da paisagem, apontando idades absolutas referentes ao Pleistoceno Superior e Holoceno.
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