A ZONA COSTEIRA DO NORTE DE PORTUGAL: UNIDADE E DIVERSIDADE. O CASO PARTICULAR DA REGIÃO DO PORTO
DOI:
https://doi.org/10.20502/rbg.v17i1.556Palavras-chave:
Plataforma Litoral, depósitos cenozóicos, erosão costeira.Resumo
A linha de costa do Noroeste de Portugal apresenta uma notável homogeneidade quando observada num mapa de pequena escala. Tem uma orientação muito consistente, de rumo NNW-SSE desde a fronteira com a Galiza, na foz do rio Minho, ao longo de 97km até à latitude de Espinho, cerca de 14km a sul da cidade do Porto. Além de sua aparência retilínea, outra característica importante da zona costeira de Portugal é a existência da designada “plataforma litoral”, que se desenvolve como uma superfície aplanada, contígua à linha de costa e geralmente separada dos relevos interiores por um alinhamento abrupto. É possível considerar vários sectores bem diferenciados dentro deste trecho com cerca de 100km de extensão. A diferenciação relaciona-se com a extensão da plataforma litoral e com o seu desenvolvimento altimétrico. O estudo dos depósitos que cobrem a plataforma litoral, feito com mais detalhe na área que rodeia a foz do Rio Douro, onde esses depósitos são bastante representativos e bem expostos, permite corroborar a hipótese de movimentações tectónicas durante o final do Cenozóico. Deste modo, quer o desenvolvimento topográfico de conjunto, quer o estudo detalhado dos depósitos correlativos sugerem a existência de compartimentos com movimentação tectónica diferenciada, ao longo de falhas herdadas dos tempos tardi-hercínicos, que poderão ter continuado a atuar ao longo do Quaternário.
Downloads
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Autor(es) conservam os direitos de autor e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite a partilha do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.