FORMAS E PROCESSOS CÁRSICOS NOS MACIÇOS CALCÁRIOS DO CENTRO DE PORTUGAL. O CASO PARTICULAR DO MACIÇO DE SICÓ
DOI:
https://doi.org/10.20502/rbg.v15i4.542Palavras-chave:
Maciço de Sicó, carso coberto, carso poligénico.Resumo
No Centro Litoral de Portugal continental, no espaço que estruturalmente pertence à chamada Bacia Lusitânica, as rochas carbonatadas jurássicas são responsáveis por um conjunto de pequenos Maciços Calcários, salientes na paisagem, quer pelo comportamento diferencial das litologias, quer pela atuação da tectónica alpina. Nestes maciços, os processos de evolução cársica, relacionados com a solubilidade da rocha e com a sua permeabilidade “em grande” são responsáveis por paisagens com características bem particulares, em que a tendência para a formação de bacias fechadas à superfície se adequa à proliferação de cavidades subterrâneas. Destes, o Maciço de Sicó, apesar da sua reduzida dimensão (pouco mais de 400 km2) apresenta nos seus diferentes compartimentos uma enorme variedade de formas cársicas (lapiás, dolinas, canhões fluviocársicos, grutas, abrigos sob rocha, exsurgências), muitas das quais com elevado valor em termos patrimoniais, mas também com alguns problemas de geoconservação. A especificidade morfológica do Maciço de Sicó advém sobretudo de se tratar de um carso coberto, com uma exumação incompleta em que os processos cársicos e fluviais interagiram e interagem na construção de uma paisagem em que os vales fluviocársicos, as formas superficiais fechadas, as grutas, as “buracas” e os lapiás coexistem num sistema complexo resultante de uma evolução polifásica e poligénica em que se encontram refletidos diferentes tempos e distintos ambientes.
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