VULNERABILIDADE AMBIENTAL E APLICAÇÃO DE TÉCNICAS DE CONTENÇÃO AOS PROCESSOS EROSIVOS LINEARES EM ÁREAS RURAIS DO MUNICÍPIO DE PRESIDENTE PRUDENTE-SP
DOI:
https://doi.org/10.20502/rbg.v14i4.435Palavras-chave:
vulnerabilidade, erosão, recuperaçãoResumo
A interferência da sociedade na natureza, tanto em ambientes urbanos quanto rurais, quando ocorrida de modo desordenado sob o aspecto ambiental, sem práticas conservacionistas, nem manejo ambiental adequado, pode proporcionar paisagens degradadas e meios morfodinâmicos instáveis e vulneráveis às manifestações erosivas, principalmente do tipo linear, como sulcos, ravinas e voçorocas. Diante deste contexto, o objetivo principal do presente artigo foi identificar e caracterizar os processos erosivos lineares (sulcos, ravinas e voçorocas) na paisagem das áreas rurais do município de Presidente Prudente-SP, com a elaboração do mapa de vulnerabilidade ambiental aos processos erosivos lineares na escala 1:25.000, bem como a aplicação de técnicas de contenção à erosão em uma área com presença de ravinas. O referido documento cartográfico apresentou quatro classes de vulnerabilidade: baixa, média, alta e muito alta; as quais foram representadas e analisadas em quatro pontos de amostragem: Pontos 1, 2, 3 e 4. Em uma área classificada como muita alta vulnerabilidade, especificamente em uma ravina com predomínio de solos rasos a desenvolvidos (associação Argissolos Vermelhos) e classes texturais Areia Franca e Franco Arenosa, foram montados dois barramentos utilizando colmos de bambus e sacos de ráfia. Dessa forma, mediante o uso de ferramentas computacionais, inter-relacionando os dados de compartimentos de relevo, feições geomorfológicas, planos de declividades, classes de solos e cobertura vegetal com o uso da terra, associados aos trabalhos de campo, foi possível identificar e caracterizar a vulnerabilidade do relevo aos processos responsáveis pela formação de feições erosivas lineares (sulcos, ravinas e voçorocas). Em relação ao método de contenção à erosão, com barreiras de bambus e sacos de ráfia preenchidos com terra, esse permitiu a redução da velocidade do escoamento superficial e a estabilização do foco erosivo. Os resultados reafirmam que a combinação da vulnerabilidade natural dos solos da região com o desmatamento e pisoteio do gado intensificam a degradação dos solos por erosão hídrica.
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