RECONSTITUIÇÃO GEOMORFOLÓGICA DE PLANÍCIES FLUVIAIS URBANIZADAS: O CASO DO RIO PINHEIROS, SÃO PAULO-SP
DOI:
https://doi.org/10.20502/rbg.v14i1.354Palavras-chave:
Geomorfologia Fluvial, Cartografia Geomorfológica, Geomorfologia de São Paulo.Resumo
Este estudo trata da proposição e aplicação de técnicas para reconhecimento da geomorfologia original de planícies fluviais urbanizadas utilizando-se de procedimentos tradicionais e da abordagem histórica em geomorfologia. Tem como foco o reconhecimento de uma paleogeografia e de uma paleogeomorfologia de um trecho do rio Pinheiros, na cidade de São Paulo em seu estágio pré-urbano holocênico com algumas incursões ao Pleistoceno Superior. Dentre os principais resultados destaca-se a produção da carta geomorfológica de detalhe na escala 1:20.000 e a análise de sua aplicação em demandas da gestão territorial urbana. Foram utilizados princípios da cartografia geomorfológica de detalhe, da antropogeomorfologia e da abordagem histórica em geomorfologia (Nir 1983, Goudie, 1997, Rodrigues 2001, Gurnell et al. 2003, e Trimble 2008), realizando-se pesquisa arquivística, fotointerpretação, trabalho de campo, análise de mapas antigos e de dados pedo-estratigráficos disponíveis em recentes relatórios de engenharia do Metrô de S. Paulo. A articulação destes dados em representações espaciais bi-dimensionais permitiu a reconstituição de uma sequência de eventos geomorfológicos atuantes no sistema fluvial no Holoceno e no Pleistoceno Superior. Foi identificada significativa influência da estrutura geológica na evolução holocênica da planície. Por outro lado, identificou-se paleocanal preenchido por depósitos da Formação Itaquaquecetuba que evidenciaram a existência de fluxos fluviais de maior potência comparativamente ao dos canais meândricos holocênicos. Demonstrou-se também a relevância deste conhecimento paleogeográfico e geomorfológico para a gestão territorial urbana e análise de riscos geotécnicos.
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