Gênese de Lamelas (“estruturas de dissipação”) Associadas à Evolução de Paleoargissolos em Rampa Arenosa, Praia Mole (Ilha de Santa Catarina) / SC, Brasil: subsídios para uma interpretação paelogeomorfológica

Autores

  • Julio César Paisani

DOI:

https://doi.org/10.20502/rbg.v5i1.30

Resumo

Lamela é um termo descritivo morfológico usado para definir faixas de constituintes granulométricos finos em sedimentos arenosos espécificas. As lamelas podem pertencer a uma das quatro categorias quanto à origem: sedimentares, iluvio-sedimentares, iluviais, e e-iluviais. São interpretadas ora como estruturas sedimentares (estruturas de dissipação), ora como feições pedológicas. Na região sul do Brasil a gênese de lamelas em depósitos costeiros não é bem compreendida. Neste artigo são apresentadas evidências morfológicas (de campo) e micromorfológicas (microscópicas) de lamelas e-iluviais geradas em associação com a evolução de horizontes B texturais (Bt) em paleoargissolos situados em rampa arenosa na Praia Mole - Ilha de Santa Catarina. Os fatos que sustentam a interpretação da origem e-iluvial são: a) interlamelas desenvolvendo-se no topo dos horizontes Bt; b) lamelas ligadas lateralmente a esses horizontes; c) lamelas com topo plano e base irregular, semelhantes àquelas encontradas em solos atuais em processo de degradação de horizontes Bt; d) separações plásmicas, segregação de óxidos de ferro e desenvolvimento de poros cavitários revelando o desmantelamento microestrutural de lamelas e horizontes Bt relacionados. Embora as lamelas sejam classificadas como e-iluviais, o processo de iluviação é secundário. Os resultados sinalizam na direção de que a pedogênese é posterior à sedimentação na rampa arenosa e se encontre em desequilíbrio atual por degradação dos horizontes Bt.

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Publicado

06-12-2004

Como Citar

Paisani, J. C. (2004). Gênese de Lamelas (“estruturas de dissipação”) Associadas à Evolução de Paleoargissolos em Rampa Arenosa, Praia Mole (Ilha de Santa Catarina) / SC, Brasil: subsídios para uma interpretação paelogeomorfológica. Revista Brasileira De Geomorfologia, 5(1). https://doi.org/10.20502/rbg.v5i1.30

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