PAISAGENS POLARES NÃO GLACIAIS (PROGLACIAL, PARAGLACIAL E PERIGLACIAL): REVISÃO DE CONCEITOS E CONSTRIBUIÇÕES DA PESQUISA PEDOGEOMORFOLÓGICA BRASILEIRA

Autores

  • Mariana de Resende Machado Instituto de Geociências, Departamento de Geografia, Universidade Federal de Minas Gerais
  • Fabio Soares de Oliveira Instituto de Geociências, Departamento de Geografia, Universidade Federal de Minas Gerais
  • Carlos Ernesto G. R. Schaefer Departamento de Solos, Universidade Federal de Viçosa
  • Marcio Rocha Francelino Departamento de Solos, Universidade Federal de Viçosa
  • Roberto Ferreira Machado Michel Departamento de Ciências Agrárias e Ambientais, Universidade Estadual de Santa Cruz

DOI:

https://doi.org/10.20502/rbg.v20i3.1639

Palavras-chave:

Antártica, Paisagens Polares, Glaciar, Mudanças Climáticas

Resumo

O trabalho teve como objetivo discutir com base na literatura a origem e evolução dos conceitos proglacial, paraglacial e periglacial, elucidando as formas e processos atuantes e as questões e críticas inerentes a cada um deles. Ao longo dos anos os três termos foram empregados de forma redundante e sobreposta, mesmo refletindo conjunturas ambientais distintas, com critérios diagnósticos diferentes. Ademais, mesmo com a participação crescente de pesquisadores brasileiros em trabalhos na Antártica, as discussões epistemológicas acerca desses ambientes ainda constituem lacuna nas publicações nacionais. A paisagem proglacial corresponde à área pioneira em receber os produtos da glaciação e este se revela um ambiente prioritariamente deposicional. É um ambiente complexo totalmente ajustado aos processos fluviais, lacustres e marinhos que ocorrem imediatamente adjacente ao glaciar e consequentemente o domínio proglacial acompanha a movimentação da margem do gelo. A paisagem paraglacial não é definida nem por processos nem pela localização, mas sim pela trajetória de reajustes da paisagem, adotando o critério tempo. Dessa forma, a paisagem paraglacial está em processo de transição, recuperando-se dos distúrbios da glaciação. Por fim, a paisagem periglacial é aquela com atuação de ciclos de congelamento e descongelamento (frost action) e congelamento sazonal do terreno, podendo possuir ou não permafrost.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Mariana de Resende Machado, Instituto de Geociências, Departamento de Geografia, Universidade Federal de Minas Gerais

Instituto de Geociências, Departamento de Geografia, Universidade Federal de Minas Gerais

Fabio Soares de Oliveira, Instituto de Geociências, Departamento de Geografia, Universidade Federal de Minas Gerais

Instituto de Geociências, Departamento de Geografia, Universidade Federal de Minas Gerais

Carlos Ernesto G. R. Schaefer, Departamento de Solos, Universidade Federal de Viçosa

Departamento de Solos, Universidade Federal de Viçosa 

Marcio Rocha Francelino, Departamento de Solos, Universidade Federal de Viçosa

Departamento de Solos, Universidade Federal de Viçosa 

Roberto Ferreira Machado Michel, Departamento de Ciências Agrárias e Ambientais, Universidade Estadual de Santa Cruz

Departamento de Ciências Agrárias e Ambientais, Universidade Estadual de Santa Cruz

Downloads

Publicado

01-07-2019

Como Citar

Machado, M. de R., Oliveira, F. S. de, Schaefer, C. E. G. R., Francelino, M. R., & Michel, R. F. M. (2019). PAISAGENS POLARES NÃO GLACIAIS (PROGLACIAL, PARAGLACIAL E PERIGLACIAL): REVISÃO DE CONCEITOS E CONSTRIBUIÇÕES DA PESQUISA PEDOGEOMORFOLÓGICA BRASILEIRA. Revista Brasileira De Geomorfologia, 20(3). https://doi.org/10.20502/rbg.v20i3.1639

Edição

Seção

Artigos