PAISAGENS POLARES NÃO GLACIAIS (PROGLACIAL, PARAGLACIAL E PERIGLACIAL): REVISÃO DE CONCEITOS E CONSTRIBUIÇÕES DA PESQUISA PEDOGEOMORFOLÓGICA BRASILEIRA
DOI:
https://doi.org/10.20502/rbg.v20i3.1639Palavras-chave:
Antártica, Paisagens Polares, Glaciar, Mudanças ClimáticasResumo
O trabalho teve como objetivo discutir com base na literatura a origem e evolução dos conceitos proglacial, paraglacial e periglacial, elucidando as formas e processos atuantes e as questões e críticas inerentes a cada um deles. Ao longo dos anos os três termos foram empregados de forma redundante e sobreposta, mesmo refletindo conjunturas ambientais distintas, com critérios diagnósticos diferentes. Ademais, mesmo com a participação crescente de pesquisadores brasileiros em trabalhos na Antártica, as discussões epistemológicas acerca desses ambientes ainda constituem lacuna nas publicações nacionais. A paisagem proglacial corresponde à área pioneira em receber os produtos da glaciação e este se revela um ambiente prioritariamente deposicional. É um ambiente complexo totalmente ajustado aos processos fluviais, lacustres e marinhos que ocorrem imediatamente adjacente ao glaciar e consequentemente o domínio proglacial acompanha a movimentação da margem do gelo. A paisagem paraglacial não é definida nem por processos nem pela localização, mas sim pela trajetória de reajustes da paisagem, adotando o critério tempo. Dessa forma, a paisagem paraglacial está em processo de transição, recuperando-se dos distúrbios da glaciação. Por fim, a paisagem periglacial é aquela com atuação de ciclos de congelamento e descongelamento (frost action) e congelamento sazonal do terreno, podendo possuir ou não permafrost.
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