TERRAÇOS FLUVIAIS COMO INDICADORES DA DINÂMICA GEOMORFOLÓGICA NO QUATERNÁRIO: ESTUDO DE CASO NA DEPRESSÃO PERIFÉRICA PAULISTA
DOI:
https://doi.org/10.20502/rbg.v20i2.1562Palavras-chave:
Quaternário, Terraços fluviais, Depressão Periférica PaulistaResumo
Os terraços fluviais são considerados formas de relevo “chave” para o entendimento das mudanças ambientais na escala de tempo da natureza, atuando como paleo-indicadores de processos morfogenéticos ocorridos durante o Quaternário, sobretudo no Holoceno. O método de datação absoluta por Luminescência tem se mostrado vantajoso para a obtenção de idades dos materiais constituintes de terraços fluviais, devido à sua possibilidade de aplicação em diversas condições ambientais, a tipos de materiais distintos e através de diferentes técnicas. Diante destas considerações, o objetivo desse artigo foi colaborar com o entendimento da evolução do relevo durante o Quaternário, no setor da Depressão Periférica presente no interior do Estado de São Paulo. Para isso, foi analisada a evolução geocronológica dos terraços fluviais da Alta Bacia do Rio Passa Cinco, localizada nos municípios de Ipeúna e de Itirapina, através da análise das idades obtidas pelo método de datação por Luminescência Opticamente Estimulada, da apresentação das análises granulométricas dos materiais que compõem estes depósitos e da comparação com trabalhos anteriores que utilizaram métodos de datação em terraços fluviais na Bacia Sedimentar do Paraná. Foram obtidas as idades de 6 amostras de terraços fluviais, as quais permitiram a proposta de uma sequência geocronológica de 4 fases para a elaboração dos terraços da área estudada, a saber: 1) entre 37.700 e 32.250 anos A. P; 2) entre 3.000 e 2.000 anos A. P; 3) Em 1.470 anos A. P.; e 4) 600 anos A. P. Considerando a proposta de outros autores para a região, avaliou-se que parte dessas fases se desenvolveram em condições climáticas mais secas que a atual, demonstrando a dinâmica quaternária de evolução da bacia analisada.
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