A PRODUÇÃO CIENTÍFICA EM GEOMORFOLOGIA FLUVIAL NA REVISTA BRASILEIRA DE GEOMORFOLOGIA: PANORAMA BIBLIOGRÁFICO, TENDÊNCIAS E LACUNAS
DOI:
https://doi.org/10.20502/rbg.v20i3.1553Palavras-chave:
Geomorfologia, produção científica, cursos d’águaResumo
Em levantamentos sobre a produção científica brasileira no século XXI, a Geomorfologia Fluvial é quase sempre apontada como o ramo da Geomorfologia com o maior número de publicações. Nesse sentido, cabe detalhar a Geomorfologia Fluvial produzida nas últimas décadas no país, contribuindo para a análise de sua evolução como ramo da ciência. Assim, o presente trabalho analisa as publicações sobre Geomorfologia Fluvial na Revista Brasileira de Geomorfologia (RBG), o único periódico nacional especializado nesta área do conhecimento. Foi feito um levantamento nas 49 edições da RBG entre os anos de 2000 e 2018 e a caracterização dos trabalhos quanto aos subtemas, autoria, instituições de origem, além de palavras-chave, recortes espaciais e abordagens técnico-metodológicas mais frequentes. Ao todo, foram analisadas 167 publicações envolvendo o estudo de sistemas fluviais e seus elementos. Os resultados mostram que ocorreu um crescimento consistente no número de publicações sobre Geomorfologia Fluvial. Há grande variedade de autores, coautores e centros de referência, com destaque para instituições federais de ensino superior das regiões sudeste e sul. A região hidrográfica do Paraná concentra o maior número de publicações, seguida pelas regiões hidrográficas do Atlântico Sudeste e São Francisco. Os principais subtemas se referem à morfologia de sistemas fluviais e/ou sua transformação, à dinâmica e/ou modelagem hidrossedimentológica e à morfometria de sistemas fluviais. Dentre centenas de palavras-chave utilizadas, as de maior recorrência foram “Geomorfologia Fluvial”, “Neotectônica”, “Luminescência Opticamente Estimulada”, “Rio Paraná” e “Sensoriamento remoto”. Em consonância com os dois últimos apontamentos, as abordagens técnico-metodológicas mais empregadas se referem à análise de dados topográficos, de imagens de satélite, aplicações de geoprocessamento e análise de variáveis e dados hidrossedimentológicos. Ressalta-se uma dominância de estudos com análise em escalas mais abrangentes, envolvendo bacias hidrográficas (ou um conjunto delas) e unidades de relevo. Outro recorte espacial comum é o trecho fluvial. Porém, há certa carência de estudos mais localizados, focados em sistemas de cabeceiras de drenagem e nascentes.
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