REGIONALIZAÇÃO DE VARIÁVEIS GEOMORFOMÉTRICAS PARA O MAPEAMENTO DOS DOMÍNIOS MORFOESTRUTURAIS DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO ITAJAÍ-AÇU (SC)

Autores

  • Jéssica Gerente Divisão de Sensoriamento Remoto - Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE)
  • Márcio de Morisson Valeriano Divisão de Sensoriamento Remoto, Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais
  • Eder Paulo Moreira Divisão de Sensoriamento Remoto, Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais

DOI:

https://doi.org/10.20502/rbg.v19i3.1387

Palavras-chave:

geomorfometria, padrões de relevo, classificação

Resumo

O mapeamento do relevo pode ser útil para diversas aplicações tais como zoneamentos territoriais e ecológico-econômicos, mapeamentos de risco a desastres naturais, estudos geológicos, biológicos e outros. Realizado na década de 1970, o primeiro mapeamento geomorfológico sistemático nacional é o RADAMBRASIL, cuja metodologia se baseia na interpretação visual do relevo sombreado obtido por RADAR. No contexto tecnológico atual, dispomos de modelos digitais de elevação (MDE) e de seus derivados em cobertura global para a caracterização do relevo, mas ainda pouco explorados para revisão e aprimoramento dos mapeamentos consolidados.O presente trabalho tem como objetivo apresentar uma metodologia de classificação de padrões do relevo da bacia do rio Itajaí-Açu (SC) por meio da análise regional de dados geomorfométricos. A escala de análise deste trabalho é compatível com o primeiro táxon do mapeamento geomorfológico do RADAMBRASIL, aqui usado como referência para avaliação dos resultados. A partir de observações sobre o MDE e o mapeamento de referência, foram experimentadas diferentes variáveis geomorfométricas e técnicas de processamento para a classificação de cada padrão de relevo observado. No caso das planícies, a altura foi a variável de melhor desempenho na delimitação direta pela aplicação de um limiar máximo, embora outras variáveis (amplitude, curvatura e declividade) também apresentassem padrões singulares para esta classe de terreno. Para o mapeamento das classes de terrenos cristalinos e terrenos sedimentares fanerozóicos, segmentos gerados por meio da declividade e da dissecação vertical foram classificados por meio de agrupamento baseado na análise das modas de intervalos de declividade.Os padrões classificados refletiram a disposição geral de classes presentes no mapeamento RADAMBRASIL com correspondência em relação às classes mapeadas superior a 80%. A utilização de descritores geomorfométricos derivados de MDE para a delimitação dos compartimentos morfoestruturais da bacia do rio Itajaí-Açu foi considerada uma abordagem interessante pela flexibilidade quanto à caracterização de diferentes aspectos do relevo e assim adaptável a diferentes condições de terreno e escalas de mapeamento. Longe de constituir uma metodologia invariável, a abordagem geomorfométrica requer a experimentação de amplo conjunto de critérios e procedimentos para a definição dos métodos mais adequados às características da área de interesse.

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Biografia do Autor

Jéssica Gerente, Divisão de Sensoriamento Remoto - Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE)

Bacharela e Licenciada em Geografia pela Universidade do Estado de Santa Catarina. Mestranda no Programa de Pós-Graduação em Sensoriamento Remoto do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais - INPE.

Márcio de Morisson Valeriano, Divisão de Sensoriamento Remoto, Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais

Engenheiro Agrônomo pela Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias de Jaboticabal (FCAVJ/UNESP, 1988), mestre em Sensoriamento Remoto (PGSER/INPE, 1992) e doutor em Geociências pelo Instituto de Geociências e Cîencias Exatas (IGCE/UNESP, 1999). Tecnologista sênior e docente do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).

Eder Paulo Moreira, Divisão de Sensoriamento Remoto, Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais

Graduado em Engenharia Agronômica pela Universidade Federal de Viçosa (2012), especialização (2010-2011) em Geoprocessamento no RMRS - US Forest Service - USDA e mestrado em Sensoriamento Remoto pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (PGSER/INPE, 2014). Atualmente é doutorando em Sensoriamento Remoto no Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (PGSER/INPE).

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Publicado

01-07-2018

Como Citar

Gerente, J., Valeriano, M. de M., & Moreira, E. P. (2018). REGIONALIZAÇÃO DE VARIÁVEIS GEOMORFOMÉTRICAS PARA O MAPEAMENTO DOS DOMÍNIOS MORFOESTRUTURAIS DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO ITAJAÍ-AÇU (SC). Revista Brasileira De Geomorfologia, 19(3). https://doi.org/10.20502/rbg.v19i3.1387

Edição

Seção

Artigos