FORMAÇÃO DE ESCARPAS DE TEMPESTADE E SEU RECONHECIMENTO NO REGISTRO GEOLÓGICO: PLANÍCIE COSTEIRA DE MARICÁ (RIO DE JANEIRO, BRASIL)

Autores

  • Maria Augusta Martins da Silva Universidade Federal Fluminense
  • André Luiz Carvalho da Silva Universidade do Estado do Rio de Janeiro
  • Carolina Pereira Silvestre Universidade Federal Fluminense

DOI:

https://doi.org/10.20502/rbg.v18i4.1265

Palavras-chave:

Escarpas de tempestades, paleoescarpas, paleoambientes, Quaternário, Maricá/RJ.

Resumo

As escarpas de tempestade são feições marcantes em uma praia. Elas apresentam morfologias diagnósticas de seu modo de formação e, devido à possibilidade de preservação, podem ser utilizadas em estudos visando à reconstituição paleoambiental. Essas feições costeiras se formam quando ondas mais altas e de maior energia promovem o corte das camadas de sedimentos que formam as bermas causando o recuo das mesmas. O resultado é: (1) a formação de uma escarpa, cuja altura depende da altura das ondas; (2) o truncamento das camadas plano-paralelas horizontais a sub-horizontais das bermas; (3) a criação de uma superfície planar ou côncava inclinada para o mar na frente da escarpa. Nas últimas décadas, estudos sobre a estratigrafia e as sequências sedimentares quaternárias de áreas costeiras vêm utilizando cada vez mais o ground penetrating radar (GPR), no Brasil e no mundo. Em alguns casos, as imagens de GPR revelam refletores que correspondem a antigas superfícies relativas às escarpas de tempestade, facilmente correlacionadas com as observadas no ambiente moderno. Na região de Maricá (Rio de Janeiro), trabalhos realizados para caracterizar a planície costeira atual, bem como, aqueles conduzidos para desvendar o Quaternário dessa área, mostraram o papel importante das escarpas de tempestade e das superfícies de truncamento associadas como indicadores de antigas praias nas sequências sedimentares mapeadas. Assim, foi possível visualizar as antigas posições das praias formadas durante períodos de nível do mar mais altos que o atual e a subsequente progradação da linha de costa através do reconhecimento de uma sequência de paleoescarpas de tempestade migrando através da planície costeira até alcançar posições próximas à escarpa de tempestade atual.

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Biografia do Autor

Maria Augusta Martins da Silva, Universidade Federal Fluminense

Professora Associada do Departamento de Geologia e Geofísica da UFF.

André Luiz Carvalho da Silva, Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Professor Adjunto do Dept. de Geografia da Faculdade de Formação de Professores da UERJ.

Carolina Pereira Silvestre, Universidade Federal Fluminense

Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Dinâmica dos Oceanos e da Terra do Departamento de Geologia e Geofísica da UFF.

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Publicado

01-10-2017

Como Citar

Silva, M. A. M. da, Silva, A. L. C. da, & Silvestre, C. P. (2017). FORMAÇÃO DE ESCARPAS DE TEMPESTADE E SEU RECONHECIMENTO NO REGISTRO GEOLÓGICO: PLANÍCIE COSTEIRA DE MARICÁ (RIO DE JANEIRO, BRASIL). Revista Brasileira De Geomorfologia, 18(4). https://doi.org/10.20502/rbg.v18i4.1265

Edição

Seção

Artigos

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